quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O MAR QUANDO QUEBRA NA PRAIA, de Rita Brant





Sabe,
eu preciso falar:
é que eu
gostaria muito
de ser muito amada.
De ser uma Jorge Amada.
Uma tão amada,
que eu me espraiasse
de uma preguiça serena
de quem balança
na varanda de uma rede,
sentindo um revoar
macio de saudade de seda,
de uma luz que dança
no panejar da palmeira
e da onda que chega
sem compromisso de pressa
nem escassez de espuma.
Para isso então,
tento transformar uma gota
uma só gota
em um oceano inteiro,
um mar sem fim,
um pescador de mar
enfim...
É muito bonito o mar
quando quebra na praia.

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